A LUTA DE CLASES E O 1° DE MAIO AVANÇARAM A UMA ETAPA SUPERIOR DA HISTÓRIA: RUMO A UMA NOVA SOCIEDADE

MANIFESTO DO 1º DE MAIO 1886-2022

A humanidade vive uma nova etapa naquilo que chamamos de “desenvolvimento social na história”, que recordamos neste 1º de Maio de 2022. E nesse curso se concentra tanto a necessidade objetiva do “sinceramento histórico” como o papel do ser humano em sua relação com a natureza. Uma evolução desigual e combinada, com deficiências sociais para a construção de um instrumento de direção que assuma essa responsabilidade em forma aberta e materialista dialética do processo histórico que amadurece e se expressa em distintas partes do planeta.

A LUTA PELA JORNADA DE 8 HORAS DE TRABALHO,
O 1º de MAIO DE 1886/2022 E O PAPEL DA RÚSSIA DE BASE SOCIAL SOVIÉTICA

Neste curso da história da humanidade, seu eixo central é seu avanço com a intervenção da Rússia de base soviética – com o Exército Vermelho – na Ucrânia. Essa é a condição real em que se desenvolve combinadamente o curso, muito além do que se faça para deter a entronização nazi-imperialista na Ucrânia e que esta jogue o papel contrarrevolucionário na história ao ser governada pelo imperialismo e seu estado superior na divisão de classes: o Nazismo, sociedade dividida entre escravos produtores, xenófobos, racista imperialista!

Na Ucrânia, estava sendo organizado política-militar-socialmente (ainda que parcialmente) uma condição retrógrada da história, na tentativa de golpear a consciência dos trabalhadores do mundo, como o capitalismo fez nos EUA em 1886, assassinando os Mártires de Chicago. Mas agora, em 2022, é a tentativa de impor uma involução na ex-república soviética da Ucrânia, provocando a intervenção da Federação Russa, do Exército Vermelho e das milícias populares da região de Donbas, para impulsionar a libertação do povo ucraniano das máfias nazi-imperialistas. Da mesma maneira que, em princípios do século XX, na Rússia czarista, aflorou positivamente as experiências da derrota na Comuna de Paris, em 1871, e do 1º de maio de 1886, nos EUA, quando o proletariado estadunidense avançou em sua luta de classe, refletindo-se historicamente no triunfo do proletariado – pela primeira vez na história –, aliado aos camponeses e soldados, com a Revolução Russa de 1917, quebrando progressivamente o vértice da história da humanidade.

Então, esta condição não é um problema circunstancial das relações exteriores e mundiais de Rússia e Ucrânia, mas sim uma consequência objetiva de uma necessidade – cada dia mais profunda – da humanidade de superar as relações capitalistas imperialistas dos Estados e na sociedade no mundo. Por isso o sistema capitalista mundial, sua cabeça, o imperialismo, e as grandes burguesias europeias com um enorme medo típico de classe exploradora, hesitam em intervir abertamente com a OTAN, como fizeram na Iugoslávia, aproveitando as possibilidades abertas na Rússia durante o governo de Yeltsin (1991-99) e no Iraque, Líbia, Afeganistão etc

NESTE 1º de MAIO, SAUDAMOS OS POVOS DO MUNDO

Enquanto a sociedade capitalista-imperialista navega entre a inflação com recessão econômica e deflação, como vimos analisando há anos, o sistema imperialista, que perdeu sua anterior hegemonia, está colhendo o fracasso de sua política durante os primeiros anos da desaparição da URSS – para nós, meramente formal… frente ao curso da história –, quando promoveu uma milionária infiltração empresarial na economia russa, sustentada em intervenção financeira, cultural, política e social, para chegar a uma camada social de 20 milhões pessoas, utilizando a desagregação burocrática do aparato estatal conservador atrasado e o lógico antagonismo com sua origem comunista, que era a estrutura do aparato estatal, administrativo da URSS, onde conviviam 20 milhões de burocratas como parasitas que ansiavam ser “burgueses” e que alguns hoje são parte da oligarquia multimilionária que vaga pelo mundo.

Um curso que vinha da Rússia que reemergiu a partir de 1999/2000 e, em uma realidade histórica como o demonstra a partir do ano 2000, retomando seu papel na luta de classes depois da “extinção formal da União Soviética” e que qualificamos como só “um desvio do curso da regeneração parcial do Estado operário soviético.” (1).

Por isso, neste Manifesto do 1º de Maio, não se pode fazer uma análise-balanço desta etapa da humanidade – de 136 anos em que a classe trabalhadora manteve permanentemente a luta dos Mártires de Chicago que homenageamos – só considerando a luta pelas 8 horas, mas também a luta pelo direito à vida, da mesma maneira como hoje ocorre na intervenção russa na Ucrânia. Ambos os acontecimentos históricos têm um fio condutor que os ligam aos trinta anos posteriores à formal desaparição da URSS, em relação à qual consideremos, já em 1991, “só um desvio transitório” (2).

Então, comemorar o 1º de Maio de 1886, nas atuais condições mundiais, é elevar o pensamento e a ação desse exemplo histórico do proletariado estadunidense que cruzou fronteiras e se instalou em todo o planeta; é recordar que neste 1º de maio de 2022 não só há uma continuidade, senão uma unidade férrea com o que representa a luta de classes daquele 1º de Maio de 1886, quando os trabalhadores de Chicago realizaram um paralisação no trabalho, lutando pela jornada laboral de 8 horas, aos que se somaram mais de meio milhão de trabalhadores em todo EUA, em cinco mil ações de apoio. Ali também era a resposta da classe trabalhadora – como vemos agora com a ação da Rússia na Ucrânia, que também é de uma base social soviética como na Rússia – que vai evoluindo como classe, que ainda vindo de ser golpeada por não ter sido possível triunfar na França, na Comuna de Paris de 1871, já tinha a ferramenta para elevar teoria e ação, que em 1848 se deu à luz com o Manifesto Comunista de Marx e Engels. O 1º de maio de 1886 mostrou a decisão da classe trabalhadora de que era necessário abrir a história para construir uma NOVA SOCIEDADE, e como isso seria um estímulo de classe que triunfaria 31 anos depois com a Revolução Soviética na Rússia, sob a direção do partido bolchevique com Lenin e Trotski na cabeça, e mudaria para sempre o curso da história marcando o vértice entre um antes e um depois. Uma experiência que em nossa opinião está na base do papel da direção política e militar da Rússia de base social soviética hoje, com as ações que desenvolve em Ucrânia.

É esse povo e a URSS que foram base fundamental para o triunfo da Revolução Chinesa, de Vietnam, Cuba, entre outros. Mas em condições históricas diferentes das que existiam na Revolução Russa de 1917, porque esta havia demonstrado e afirmado a realidade de poder construir uma Nova Sociedade. E também porque, em 1917, os Soviets de operários, soldados e camponeses russos não tinha o apoio de nenhum Estado, como sim tiveram as posteriores revoluções por parte da URSS.

A BANDEIRA DOS MARTIRES DE CHICAGO É UNIVERSAL

A homenagem a Michael Schwab, Louis Lingg, Adolf Fisher, Samuel Fielden, Albert Parsons, August Spies, Oscar Neebe, George Engel é feito dentro do desenvolvimento materialista dialético do curso da história através da luta dos povos em todo o mundo. Na África, Oriente Médio, América Latina, Europa e EUA, em um mundo capitalista e sua crise imperialista e final. Mas onde se abrem os espaços é no processo revolucionário que se dá na República Popular da China, na Rússia de Base Soviética, no Vietnam, Coreia do Norte, e também em Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Peru, Chile, México, Argentina e, em poucos meses, no Brasil com Lula Presidente.

Os processos sociais, políticos e econômicos da história não são lineares, nem paralelos, mas ocorrem combinadamente desiguais em que se entrelaçam particularidades na luta social dos povos. Processos que na natureza começaram há milhões de anos, organizando a matéria e evoluindo a vida tal qual conhecemos hoje, desde lá atrás, em séculos e anos o enriquecimento dos conhecimentos que elevou a ciência, a cultura e a política como razão do coletivo e o papel do indivíduo. Um curso que hoje se abre com a intervenção – não “invasão” – da Rússia de base soviética EM DEFESA DA HUMANIDADE e pelo direito à vida e progresso social no mundo.

E é ali onde se equipara a luta do 1º de maio de 1886 com o que hoje está se desenvolvendo no mundo. Tempos e espaços que claramente se vinculam historicamente, muito além do fato de que os trabalhadores do mundo ainda não conseguiram construir o organismo mundial – a Internacional Comunista – que permita harmonizar as relações humanas, desaparecendo as classes e “voltando a ser irmãos” (canto da Nona Sinfonia de Beethoven), e que o determinante seja o progresso social e não a concentração individual do sistema capitalista.

O IMPERIALISMO TENTOU FAZER DA UCRÂNIA UMA MIAMI

O sistema capitalista mundial, as burguesias europeias tem consciência de que o imperialismo perdeu a hegemonia, e já não pode criar novas coreias, vietnans, yugoslavias, iraks, libias, afeganistões etc. sem sofrer as consequências disso. Eles sabem que a luta dos povos impede entronizar ditadores diversos, mesmo a sangue e fogo, como os que impuseram, em outra etapa, na Argentina, Brasil, Chile, Guatemala, África e no Oriente Médio, atrasando a cultura natural dos povos. Sabem também que a emigração de milhões de pessoas é um problema da economia capitalista que, concentrando-se, desloca a mão-de-obra e as condições de vida dos povos.

Frente a isso, foi-se estruturando uma força objetiva que é a da SOLIDARIEDADE e que se expressou recentemente na crise do Covid19 e a PANDEMIA MUNDIAL. Solidariedade social que derrotou o individualismo feroz e o atraso capitalista. Os povos não se paralisaram como a ciência tampouco se paralisou: foi o Centro Nacional Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia que deu a primeira e melhor vacina – a SPUTINIK – que salvou centenas de milhões de seres humanos em todo o mundo.

Por isso, e em nome dessa “solidariedade”, é que neste 1º de Maio de 2022, avaliamos como central o que está se desenvolvendo na Ucrânia, onde o imperialismo queria transformar seu povo em bastião central de sua política mundial, em seu plano para derrotar a partir de dentro da própria Ucrânia a consciência de sociedade soviética do povo russo. O povo ucraniano só interessa ao imperialismo como bucha de canhão para seus fins hegemônicos. Não é um problema da história, nem das origens e formação dos povos ucraniano, russo, etc. e sim do atual papel que hoje cumprem os bandos nazistas na Ucrânia, como antes (1940/45), com Stepán Bandera e sua aliança com o nazismo e o exército de Hitler, para atacar a URSS, como também do papel que em 2014 cumpriram em sua macabra oportunidade para golpear com uma falsa primavera antiburocrática que, na realidade, era uma rebelião organizada e sustentada pelas forças estrangeiras contra o povo, assentada na crise da velha burocracia, crise que começou em 1991 com a desaparição formal da URSS e que, em outro tempo e espaço, eclodiu em 2014 na Ucrânia, já desmembrada do resto das repúblicas da ex-URSS, em rompimento com a unidade regenerativa dos Estado Operário Soviético. O que o sanguinário imperialismo fez foi olfatear a crise interior e transitória do aparato, como vinha fazendo M. Gorbachov, a partir dos aparatos estatais que essa burocracia dominava. O cálculo imperialista de sua compenetração na Rússia tem o mesmo erro de fábrica, de tentar se basear e estruturar nos 20 milhões na Rússia e nos 40 milhões de ricos e milionários na China. Na China, pensam que isso já faz o capitalismo estar estabelecido socialmente, e não uma maneira de a China se utilizar, neste tempo e espaço, das relações mundiais de forças, a exemplo de Lenin quando propôs a NEP (Nova Política Econômica, em 1921) para avançar na sociedade soviética sobre o cadáver da realeza e a nascente burguesia. Uma situação combinada de produzir e crescer na República Popular da China, onde o sistema capitalista acha que tem capitalismo, subestimando a capacidade do povo e governo comunistas.

É nessa falsa expectativa imperialista que há que analisar o curso na Ucrânia. O sistema capitalista mundial queria fazer da Ucrânia uma catapulta contra a Rússia e, para isso, lograr construir uma “Ucrânia maiamera”, ao estilo da Miami “gusanera contra Cuba”, mas no caso em questão, vizinha ao coração da região, ou seja, a Rússia de base social soviética! De uma Rússia da qual o sistema capitalista mundial não era nem nunca será sócio porque, longe das aspirações imperialistas do capitalismo atual, a Rússia, seu governo, seu povo e o Exército Vermelho são uma condição que contrarresta o domínio político, social, cultural, econômico que o imperialismo impõe. Uma Rússia de base social soviética que, longe de ter sido destruída, a partir do ano 2000 entrou em um processo de reorganização interior do papel do Estado e da produção planificada, etc. cada dia assumindo maior papel e controle na vida econômico-produtiva do país, e dessa forma os bilionárias investimentos capitalistas – iniciados quando o capitalismo acreditava que havia chegado o tempo do “fim das ideologias e da história”, com seu efêmero triunfo – não conseguiram quebrar o espírito e a decisão soviética de uma sociedade superior. Tentaram fazer como na Flórida/Miami, onde se refugiou uma parte da sociedade de classe média alta e a entourage do ditador Fulgêncio Batista, para a partir dali organizar complôs contra o progresso do Povo e do Governo de Cuba. É bom lembrar que, no começo da década de 1960, pela “fuga” de médicos etc., Cuba teve que enfrentar falta de profissionais de saúde, e hoje tem um povo não só com atendimento médico, como também envia médicos em ajuda a todo o mundo.

Queriam fazer da Ucrânia uma Miami, e assim avançaram contra a Rússia e seu povo. Por isso a intervenção do Exército Vermelho da Rússia é uma intervenção de Libertação Social e isso vai amadurecer no seio do povo da Ucrânia, porque esse processo não lhe é só próprio e individual como país, como também de toda a humanidade.

Monumento em homenagem a Lenin, restaurado em Henichesk, Ucrânia, depois de ter sido demolido pela milícia neonazista

“A HUMANIDADE ESTÁ APTA PARA O SOCIALISMO” (J.Posadas 1979)

Neste 1º de Maio de 2022, a evolução da luta de classes de 1886 em diante elevou seu potencial social no sentido da acumulação de experiências e objetivos concretos. Os povos, os trabalhadores do mundo, que há 136 anos lutavam pela jornada de 8 horas, hoje lutam por emprego, e não é um retrocesso, mas uma relação em que a dinâmica produtiva da civilização e da ciência elevou a produtividade ao ponto de conseguir produzir em segundos o que antes levava horas ou dias. E o sistema capitalista utiliza esse avanço para seu irrefreável processo de concentração de riquezas, e também e poder, afinal de contas, até as organizações do sistema refletem isso, quando um punhado de capitalistas são donos desse mundo e da “democracia representativa” que eles dominam.

Por isso, devemos partir das 8 horas de 1886, e viver hoje o desenvolvimento das forças produtivas, base da “mais valia concentrada” (3) (LC, 1988), confirmação prática da previsão de Marx e Engels sobre o desenvolvimento do capitalismo e sua natureza de sistema de exploração da força de trabalho. Uma natureza que não muda, e segue criando o mesmo antagonismo de classe entre explorados e exploradores, condição social que será sua coveira histórica.

Ao mesmo tempo, e já há 34 anos, dissemos que estava por vir uma nova aliança da classe trabalhadora, da luta de classes com a “REBELIÃO DAS FORÇAS PRODUTIVAS” (4) e que esta condição da história, do avanço da produção e da produtividade, não só iria contra o próprio sistema, como previram os mestres marxistas, como também se aliaria à “luta de classes”. Assim, a luta pelas 8 horas de trabalho daquele 1º de Maio de 1886 evoluiu ao patamar de defesa do trabalho e do direito à existência e à vida plena, sem o estigma do desemprego e com os progressos da ciência beneficiando toda a humanidade. A luta dos Mártires de Chicago e do movimento operário estadunidense é o que hoje está se desdobrando em todo o mundo.

O sistema mundial capitalista cresceu, sem dúvidas, mas também suas contradições evoluíram ao nível de negatividades. Ali está o que, eufemisticamente, se chamou de “globalização”, que na verdade era a “unipolaridade” na condução do sistema imperialista mundial e sua concentração inevitável. Por mais que inventem novas moedas virtuais, bitcoins etc… são só fogos de artifício em meio à tormenta da crise final do capitalismo, como engenhocas criadas para não aceitar sua etapa que chegará ao fim em um período de tempo indeterminado, mas materialmente lógico. E isso, ao mesmo tempo que confirma Marx e Engels, e valida toda luta dos Mártires de Chicago e seus nobres objetivos, demonstra que o sistema está em uma crise sem saída, para além dos tempos e espaços que esta fase tenha. Porque não está na balança da história só as 8 horas de apropriação da força de trabalho humano, mas o próprio funcionamento desta sociedade, que conseguiu se desenvolver contraditoriamente a si mesma, elevando tanto a produção quanto a produtividade, mas também aumentando a pobreza, a exclusão e a indigência de centenas de milhões de seres humanos que não cabem na “economia de mercado” do sistema capitalista em sua etapa imperialista de concentração.

Incluir 25% da população mundial com poder aquisitivo não é suficiente para o sistema validar seu funcionamento. É como usar peneira para tapar um sol que mostra o restante dos 75% da população mundial, excluída do progresso social da vida, uma condição que em muitos países chega a 90% do povo. Um povo que, mesmo assim, luta pela vida e pelo progresso social.

Por isso essas estruturas vão abaixo no Chile, no Peru, em Honduras, e ocorrem lutas reivindicatórias na Europa “desenvolvida”, com o fim do seu “sistema de bem estar social”. Mas queremos destacar o curso também nos EUA, onde o sistema se concentrou para ditar as regras do mundo e agora está vivendo uma crise enorme com 48 milhões de pobres, inflação de 8%, brutal na economia estadunidense, com desagregação das relações internas da sociedade, em que a vida está sempre por um fio em alguns segmentos por conta da agressividade social resultante das perversas relações de trabalho. Uma realidade que levou à tomada do Capitólio por um setor dessa base social que apoia a política nacionalista de direita de Trump, porque aponta à criação de TRABALHO com a defesa da reindustrialização dos EUA. Algo que Trump quer fazer, mas a história leva à mesma crise que gerou o 1º de Maio (5).

Esta é a realidade do curso histórico neste 1º de Maio. Não há retrocesso, só SINCERAMENTO DO CURSO, como definimos em 1988, e isso confirma o pensamento marxista revolucionário de J.Posadas: “a humanidade está apta para o socialismo, mas hesita em dar o passo adiante porque ainda não conseguiu fazer uma experiencia triunfante de vida socialista em plenitude”.

É nessa perspectiva que recordamos a luta dos Mártires de Chicago e do 1º de Maio de 1886 em diante: quando há a possibilidade real de um setor do sistema capitalista decidir fazer uma guerra nuclear como ferramenta militar; quando no mundo já se produz alimentos para mais do dobro da população do planeta, o que, por si só, mostra que o problema não é de produção, mas de distribuição do que é produzido pela força de trabalho; quando na Ucrânia está se desenvolvendo uma parte do processo de regeneração do Estado Operário Soviético e a Nova Etapa da história da humanidade, e ao mesmo tempo a história não tem uma direção mundial que supere as classes e já se disponha a reconstruir a história e dar sentido à vida. Assim, este manifesto foca e prefere se basear mais no melhor da humanidade, do que nas deficiências, sem dúvida superáveis, mas ainda existentes, que estão se desenvolvendo conforme o curso progride.

Não existe saída “pelo meio nem por baixo” desta crise da história, que se resolve, por enquanto, só na Ucrânia e na Rússia, que assumiu mais uma vez a responsabildade do curso histórico da humanidade. A primeira vez foi em Outubro de 1917. É POR CIMA E PARA ADIANTE A SAÍDA do labirinto do capitalismo; é a tarefa de todo ser humano que ama a natureza. Apesar das dificuldades organizativas, políticas, sindicais, culturais ou religiosas. O que está se resolvendo hoje é A DEFESA DA HUMANIDADE, DA VIDA, DA NATUREZA E DO COSMOS.

A luta de Michael Schwab, Louis Lingg, Adolf Fisher, Samuel Fielden, Albert R. Parsons, Auguste Spies, Oscar Neebe, George Engel é a de milhões em todo o planeta. Os tempos e espaço não são iguais em todos lugares, mas tem uma mesma direção e condição social: liberar as forças produtivas do trabalho, organizando uma NOVA SOCIEDADE DISTRIBUTIVA SEM EXCLUSÕES, e essa NOVA SOCIEDADE é O SOCIALISMO.

Viva os Mártires de Chicago e sua luta imortal!!

Viva o Povo, Exército e Governo Russo defendendo a humanidade!!

Viva os povos do mundo que, sem outras armas além da sua consciência de classe trabalhadoras, lutam pelo futuro socialista da humanidade.

León Cristálli, 18//04/2022.
Secretariado Internacional da IV Internacional (Leninista-Trotskista-Posadista)
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(1) Ver “A queda da burocracia e o processo de reconstrução da direção soviética” Joel Horacio. Edições VOZ Proletaria. Outubro 1991 e “O fim do PCUS e da burocracia soviética na perspectiva socialista da humanidade”, Joel Horacio, Edições VOZ Proletaria, fevereiro de 1992.

(2) Prólogo de León Cristalli ao livro de J.Posadas “O Pensamento Vivo de Trótski”: “A Perestroika, uma deformação transitória no progresso ao socialismo”, Editorial Ciência, Cultura e Política, abril de 1990.

(3) Pode se ler o desenvolvimento deste conceito no texto publicado no VOZ Proletária 1612, de fevereiro de 2017, com o título “Longevidade e sistema capitalista”.

(4) O conceito está explicado no editorial da Revista Internacional Conclusiones nº 23, de novembro de 2008, com o título de “Marx sempre teve razão. A etapa final de um sistema: a rebelião das forças produtivas”.

(5) A fundação J.Posadas publicou em 2016 e 2017 o livro “Trump é a crise dos EUA em um mundo em revolução”, tomos I e II, ambos de León Cristálli.

Publicado em abril 30, 2022, em Uncategorized. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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